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PONTO G - POEMA DE LUIZ ALBERTO CAVALCANTI FILHO

    Este tesouro lindo que procuro todo feito de orgasmos e de gozo, este tesouro tão maravilhoso, que no teu ser por ele me aventuro.   Este tesouro feito do mais puro êxtase num instante prazeroso, que em teu corpo lascivo e tão formoso eu busco no calor do quarto escuro.   E nele quantas glórias eu desejo, quantos sonhos carnais eu alimento, que mágicos triunfos eu prevejo!   Então quando chegar este momento de encontrar este bem que tanto almejo eu vibrarei com teu contentamento.        

E O AMOR NASCEU - POEMAS DE LUIZ ALBERTO CAVALCANTI FILHO - (DO LIVRO "ALMA NUA: POEMAS DE AMOR & VINHO")

  E o amor nasceu debaixo do chuveiro, tórrido, repentino, fascinante... no banho a refrescar em nós amantes de nossos corpos úmido braseiro. Amor urgente e mais que verdadeiro nascido sobre o piso deslizante, ígnea junção de seres delirantes na alva espuma se dando por inteiro. A perna bamba, a carne enfraquecida, e sobre nós, enfim, a lassidão, a envolver-nos após a conjunção. e no amor que enobrece nossas vidas, nossas almas, molhadas, assim vão, pra viver encontrando uma razão.

NÓS E O VINHO - POEMAS DE LUIZ ALBERTO CAVALCANTI FILHO - (DO LIVRO "ALMA NUA: POEMAS DE AMOR & VINHO")

    No ardor profano dos carnais pecados bebemos no calor do nosso ninho, nós, do mesmo cálice de vinho, pela luz do Deus Baco iluminados. E vamos pela noite inebriados, esquecendo da vida os vis espinhos existentes ao longo dos caminhos, nas libações noturnas abraçados. O vinho cor de sangue, da paixão, que a mais pecaminosa tentação nos humanos recônditos fomenta. E ao tempo em que se vai nossa razão, vamos tendo nós dois a sensação, de que nossa libido ele alimenta .    

O VINHO E NOSSO AMOR - POEMAS DE LUIZ ALBERTO CAVALCANTI FILHO (DO LIVRO "ALMA NUA: POEMAS DE AMOR & VINHO")

  Qual vinho que bebemos numa taça após o breve e férvido momento, nosso amor, este nobre sentimento, melhora quanto mais o tempo passa.   Do líquido do amor e sua graça bebemos num completo encantamento, como se nós bebêssemos sedento, um merlot que na cama nos enlaça.   Assim é nesta vida nosso amor: feito vinho nos anos a ganhar muito mais consistência e mais sabor.   Mas para não se ter um dissabor, qual vinho maltratado a desandar, no amor muita atenção há que se pôr.  
POEMA DO AMOR ATRAVÉS DOS ANOS (Do meu livro "Além do Nada")   Aos vinte anos, observamos apenas um corpo com as suas curvas e belezas hipnóticas e nada mais além disso. É como se nesta idade, num lago, déssemos bola apenas para a flor da d´água, sem interesse no que existe mais ao fundo. Baladas, bons papos, gatos, gatas, o que ela ou ele faz ou deixa de fazer, não importa, o negócio é   “curtição”.   Aos trinta anos, observamos um corpo, mas as exigências que advêm da maturidade nos fazem olhar também o que há além dele.   Um corpo bonito, um sorriso que encanta, têm que vir acompanhados de um um projeto de vida e um ideal, do contrário, nada feito.   Aos quarenta anos, após muitos caminhos percorridos, portas fechadas, caras quebradas, estabilidade na vida, o que é um corpo a não ser uma ilusão, se ele ainda estiver acompanhado das futilidades juvenis?   O que é um corpo a não ser uma mentira, se ele não estiver vestido c
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                                                                                                   LUIZ ALBERTO CAVALCANTI FILHO